Enfim...
Mas, não vou me ater às divagações sobre o sagrado porque o
melhor de tudo que ouvi sobre o terremoto foi uma música. Gente,
mundão sem fronteira! Os mexicanos são tão descompensados como nós
brasileiros para criar músicas. Usam dos fatos do cotidiano e fazem
uma narrativa musical divertidíssima!
Olha essa música pós-terremoto:
https://www.youtube.com/watch?v=aVlc1gHs4tQ
Aqui vai a letra:
http://www.musica.com/letras.asp?letra=1837914
O
nome dela é Donde te agarro el temblor. O cara tava super se
divertindo em uma dança e então percebe que seus passos não
estavam de acordo com o ritmo da música. Daí por diante começa um
fuzuê. E o terremoto, aliás, el temblor, o encontra em situações
inusitadas.
(Sorry, essa música vai ficar na sua cabeça por muito, muito, muito
tempo. É tipo aquela lambada: chorando se foi quem um dia só me
fez chorar... Vai demorar pra sair da cabeça mesmo!)
Pois bem, essa música é um nível light! Narra de forma tranquila um
terremoto que nem sempre é acompanhado de tragédias.Vai vendo a outra música que descobri aqui.
Tem uma cantora chamada Amandititita que toca cumbia. Ela fez uma
música La Mataviejitas, A mata velhinhas, e gente, pasmem: a
história é baseada em fatos reais. Teve aqui no México uma serial
killer que matava velhinhas. A história é um horror, me parece
que ela matava velhinhas que viviam sozinhas. Iniciou a sua série de
crimes nos anos noventa e foi presa somente no início dos anos 2000.
Os crimes tinham um modus operandi, a característica mais
leve que destaco da prática de La Mataviejitas é que ela se
vestia de vermelho para realizar os crimes. Nem vou colocar o link
aqui porque a tragédia é grande, feia e não vale a pena se perder
muito nela. O horror não se restringe somente aos crimes, mas também
a vida que La Mataviejitas tinha; uma história de vida
pesadíssima!
Pois bem, depois de resolvido os crimes, depois da prisão de La
Mataviejitas o que acontece? Uma música, claro! E da
Amandititita. Aí vai o link!
https://www.youtube.com/watch?v=h7AzOgVxZv8&feature=kp
Gente, ainda bem que no nosso brasilzão a gente tem a Valesca, né?
Imagina, a criatividade dos mexicanos é de dar inveja. O bom da
Valesca é isso, porque além de criativa ela nos ensina a não ter
recalque quando nos encontramos em situações como essa.
Beijinho
no ombro
PS.:
Estou fazendo um intensivão com alguns amigos mexicanos para ensinar
o conceito do recalque by Valesca-pensadora-que-leu-Freud!. Eu acho
que minha empreitada só tem duas vias: a pura glória ou a pura
derrota! Até hoje não sei me situar, não sei se a relação com La Madre é a superação extrema nível hardcore do recalque ou se é
justamente o contrário... Meditarei sobre o assunto durante alguns
dias e, se encontrar alguma conclusão, conto pra vocês!
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